Vale a pena trabalhar com fotografia pet em 2026?
- Clara | Mentora de Fotografia Pet Afetiva

- há 5 dias
- 3 min de leitura
Essa é uma das perguntas que mais recebo de fotógrafos que estão começando ou pensando em mudar de nicho. E ela é legítima.
Não é mais 2016, quando qualquer foto de cachorro no Instagram chamava atenção. O mercado amadureceu, os clientes mudaram e o fotógrafo que entra hoje precisa entender o cenário real antes de tomar decisões.
A boa notícia é que a fotografia pet afetiva continua sendo uma área cheia de oportunidades.
A má notícia é que ela não funciona mais para quem entra sem estratégia.
Mas não se preocupe, vamos conversar sobre isso com clareza.
O mercado pet brasileiro ainda cresce, mas de forma mais consciente

O Brasil segue entre os maiores mercados pet do mundo. Segundo dados divulgados pela Abinpet, o setor movimentou mais de R$ 75 bilhões em 2024. Isso inclui alimentação, serviços, saúde, produtos e experiências ligadas ao universo pet.
Também seguimos com uma das maiores populações de pets do planeta, com estimativas que apontam para mais de 160 milhões de animais entre cães, gatos e outros pets.
Esses números mostram algo importante: os pets não são mais vistos como “bichos”. Eles ocupam um lugar afetivo dentro das famílias. E onde existe vínculo emocional, existe demanda por memória.
É exatamente aí que a fotografia pet afetiva se conecta com o mercado.
Onde a fotografia pet realmente encontra espaço em 2026
Não é qualquer tipo de fotografia pet que cresce. O que ganha força é a fotografia que conta histórias, que respeita o tempo do animal e que valoriza a relação entre tutor e pet.
O tutor de hoje não procura apenas uma foto bonita. Ele procura:
Uma experiência segura para o pet
Um olhar sensível para aquele momento de vida
Um registro que faça sentido daqui a 10 ou 15 anos
Por isso, ensaios afetivos, sessões comemorativas, registros de fases importantes e produtos físicos como álbuns e quadros têm cada vez mais valor.
A fotografia pet deixou de ser só entrega de arquivos digitais. Ela passou a ser memória construída.
Então por que tanta gente entra no nicho e não consegue viver dele?
Porque o mercado cresceu, mas ficou mais exigente.
Hoje não basta gostar de animais ou saber usar a câmera. O fotógrafo pet que se destaca entende de:
Comportamento animal
Comunicação com o tutor
Experiência do cliente
Posicionamento e valor percebido
Muitos entram cobrando pouco, entregando apenas fotos digitais e dependendo exclusivamente do Instagram para conseguir clientes. Esse modelo costuma gerar frustração rápida, porque não se sustenta no médio prazo.
O problema não é o nicho. É a forma como ele é trabalhado.
O que faz a fotografia pet afetiva ser uma oportunidade real
Quando bem estruturada, a fotografia pet afetiva permite:
Criar conexão profunda com o cliente
Trabalhar com produtos de maior valor agregado
Ter recorrência com o mesmo tutor ao longo da vida do pet
Construir autoridade local e indicação espontânea
Além disso, é um tipo de fotografia difícil de ser substituída por inteligência artificial ou soluções genéricas. Cada pet é único. Cada vínculo é único. Isso protege o fotógrafo que trabalha com sensibilidade e técnica.
Dá para viver de fotografia pet em 2026?
Sim. Mas não da mesma forma que antes.
Viver de fotografia pet hoje exige:
Clareza de posicionamento
Organização de processos
Precificação coerente
Venda de produtos, não apenas de arquivos
Comunicação que educa o cliente
Quem entende isso encontra um mercado aberto, com público disposto a investir e com pouca oferta realmente profissional em muitas cidades.
Quem ignora isso tende a competir por preço e se desgastar rapidamente.
Para quem esse nicho faz mais sentido
A fotografia pet afetiva funciona especialmente bem para fotógrafos que:
Gostam de observar mais do que controlar
Têm sensibilidade para lidar com pessoas e emoções
Querem construir um negócio com significado
Buscam diferenciação, não volume desenfreado
Ela não é sobre quantidade de ensaios. É sobre profundidade.
Agora você já sabe.
Vale a pena sim trabalhar com fotografia pet.
Mas vale para quem entende que esse não é um mercado de atalhos. É um mercado de construção. De olhar atento, de experiência bem desenhada e de entrega com propósito.
A fotografia pet afetiva continua crescendo porque o amor pelos pets continua crescendo. E enquanto existir vínculo, haverá espaço para quem sabe transformá-lo em memória.
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Fontes usadas no desenvolvimento desse conteúdo: Dados de mercado baseados em levantamentos da ABINPET (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) e do Instituto Pet Brasil, referências oficiais do setor pet no país.


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